Revista Berggasse 19

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Revista Berggasse 19



Após Partos e Partidas, tema do último volume, a Berggasse 19 propõe como estímulo à escrita para a próxima edição, pensar o binômio presenças↔ausências em suas múltiplas dimensões.

Desde o fort-da, a emblemática brincadeira observada por Freud e narrada em Além do Princípio do Prazer, quando percebeu seu neto, de menos de dois anos, brincar com um carretel preso a uma linha. A brincadeira consistia em movimentos de vai e volta do carretel, fazendo o bebê emitir o som “o-o-o-o” (próximo a “fort”, “foi embora”, em alemão). Na sequência, puxava de volta o carretel emitindo um “da” (“está aqui”, interpretado como “retorno”).  Freud descreveu tal observação como uma forma do bebê lidar com a ausência temporária da mãe e a elaboração da falta, um “controle simbólico do objeto perdido”, uma encenação simbólica da presença na ausência. 

Na evolução das teorias psicanalíticas das relações objetais, ausência e presença a respeito do objeto ocupam um lugar fundamental no funcionamento psíquico, com implicações teórico-clínicas e na função do psicanalista. Encontramos no pensamento de Melanie klein, na relação mãe-bebê, a relevância da “angústia de separação”, as angústias engendradas na ausência do objeto. Diferente de Donald Meltzer, ao apresentar em sua obra A Apreensão do Belo, sua teoria do “conflito estético” sobre o impacto do contato inicial do bebê e sua mãe. Os conflitos despertados pela presença do objeto provocam diferentes reações no psiquismo e originaram novos corolários para o funcionamento mental. Bem como W. R. Bion afirma da importância de tolerar a ausência do objeto concreto, o seio, como gerador da mente a partir das preconcepções inatas; também a presença da dupla analítica como unidade nas relações intersubjetivas da Experiência Emocional no campo. A psicanálise contemporânea, avançando nos estudos da vida intrauterina e investigações acerca da manifestação da vida mental do feto e a suposição de uma protomente/mente embrionária, questiona: Desde quando, e de que modo, a mente está presente? 

Na prática clínica, considerando as relações transferenciais e contratransferenciais, igualmente contemporânea é a investigação da qualidade da presença nos atendimentos on-line – cujo incremento é herança desses tempos pandêmicos –, quando comparados aos atendimentos presenciais. O que fica ausente do vínculo analista-paciente quando a captação das informações sensoriais do atendimento presencial fica suspensa? Como lidar com a interferência da copresença eventual de terceiros durante essa modalidade de atendimento? A distância física da dupla traz matizes ao aspecto solitário do atendimento clínico? São questionamentos que continuam instigando, e abrangem a teoria, a técnica e a ética dos nossos dias.

A humanidade em seu mal-estar, mal teve tempo de emergir para respirar o vislumbrar do final da pandemia da COVID-19 e imergiu em uma nova guerra entre povos na sequência, impondo-nos a continuar enfrentando outro binômio indissociável: vida-morte. Os fatos recentes intensificam as vicissitudes da vida e do trabalho analítico, demandas inerentes, ônus da existência humana e de nossa função profissional. Assim, é inevitável a constatação de um mundo interno pleno de ausências e presenças, vivenciando ausências com ressonâncias, elaborando presenças sem ressonâncias, e das tantas ausências e presenças próprias da constituição da vida psíquica.

Diariamente, somos convocados a conjugar as ausências e presenças, tolerar presenças de ausências, perdas, impermanências, transitoriedades. Uma convocação à permanente reflexão, no esforço contínuo de manter a capacidade para pensar, condição interna indispensável diante da Mente na linha de fogo (Mind in the line of fire), tema escolhido para o próximo congresso mundial da IPA, em 2023. O psicanalista é desafiado a manter seu setting interno, seja presencialmente ou via remota e, pela experiência emocional da dupla, perceber que presença se conforma e qual sua acessibilidade quando do aumento da tensão e da instabilidade. 

Esta carta-convite vem convocar a todos à escrita. Acreditamos que seu exercício possa promover elaborações de inquietudes, compartilhamentos de ideias e experiências, enriquecimentos mútuos e o próprio registro escrito que publica e documenta outro período turbulento da História. São as apostas do Conselho Editorial da Berggasse 19 para que o leitor-convidado se faça autor.

Os trabalhos deverão ser enviados para o e-mail – berggasse@sbprp.com.br – até a data limite de 15/08/2022. Para acessar as normas para publicação clique aqui.

Conselho Editorial Berggasse 19

BiViPsi – Biblioteca Virtual de Psicoanalisis

www.bivipsi.org/pt-br/

Editora:
Ana Cláudia Gonçalves Ribeiro de Almeida

Editores Associados:
Alessandra Paula Teobaldo Stocche
Josiane Barbosa Oliveira
Luciano Bonfante
Marystella Carvalho Esbrogeo
Marta Maria Daud
Mauro Campos Balieiro
Regina Cláudia Mingorance de Lima

Informação adicional

Volume

Kits Especiais, Volume I, Volume II, Volume III, Volume IV, Volume IX, Volume V, Volume VI, Volume VII, Volume VIII, Volume X, Volume XI

Número

Kit Bion, Número 1, Número 2